2' Minutos para mudar de vida

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Módulo 10

Autoexames

Ter muitos sinais na pele é bastante comum, mas será que todos os sinais são inofensivos? Um sinal com um aspecto suspeito é motivo para correr para o médico? Como vigiar os sinais e evitar riscos? 
A maioria dos sinais não traz riscos para a saúde, o que é arriscado é não conhecer os próprios sinais, já que a deteção atempada de um sinal atípico pode ser determinante no diagnóstico de um cancro de pele em desenvolvimento - em especial o melanoma, que é a forma de cancro de pele mais agressiva e letal.
Mas antes de olhar para os sinais, convém não esquecer que a melhor maneira de evitar o melanoma é saber usufruir do sol em segurança: procurar lugares com sombra, usar roupas com cobertura total da pele, estar ao sol apenas nos horários seguros (antes das 11h e após as 17h) e usar protetor solar. 
No entanto, o passado não pode ser ignorado, e como a pele está exposta ao sol diversas vezes ao longo da vida – nem sempre com todos os cuidados – existe a possibilidade de um cancro da pele surgir a partir de uma queimadura solar passada. Para precaver esta possibilidade devemos inspecionar os sinais regularmente fazendo o autoexame da pele.
A melhor maneira de detectar uma alteração suspeita é conhecer bem a própria pele e o seu aspeto habitual. Quando se examina a pele periodicamente torna-se mais fácil identificar alterações fora do normal: um sinal que apareceu de novo, ou um sinal já existente que mudou de forma ou cor. Bastam 10 minutos para fazer o autoexame da pele, e uma boa altura para o fazer é antes ou depois do banho, quando é mais fácil inspecionar toda a pele, da cabeça aos pés, já que o cancro de pele pode surgir em qualquer parte do corpo. Quem tem muitos sinais deve fazer o autoexame 1 vez por mês, os restantes devem repeti-lo pelo menos 1 vez de 3 em 3 meses. 
Mas não adianta muito olhar para os sinais se não se souber o que procurar. Para facilitar o autoexame, deve aplicar-se a regra do ABCDE, um método simples para identificar sinais atípicos:
Encontrar um sinal que preencha um ou mais critérios da regra do ABCDE não é razão para pânico. Nesses casos é recomendável procurar um dermatologista, que irá fazer um diagnóstico e tomar as medidas terapêuticas necessárias caso se justifique. Quanto mais cedo se detectar um sinal suspeito, maior é a probabilidade de cura no caso improvável de se tratar de um cancro de pele. 

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Quando se fala de prevenção de cancro, nem sempre se dá muita atenção ao cancro do testículo – o mais comum nos homens jovens. Como conhecer os sinais de alertar e evitar riscos? 

Tal como acontece com os restantes órgãos do nosso corpo, é possível desenvolver cancro nos testículos. Aliás, o cancro do testículo é o cancro mais comum nos homens com idades entre os 15 e 34 anos e cerca de metade dos casos deste cancro ocorre em homens com menos de 35 anos. Estes dados devem colocar todos os homens em alerta para a saúde dos seus testículos, mas sem dramatismos – o cancro do testículo continua a ser um cancro pouco incidente e com uma mortalidade muito baixa.

Para não correr riscos, é importante que todos os homens conheçam bem a forma e tamanho dos seus testículos. Só assim poderão detetar alterações fora do normal. O procedimento não é complicado, basta inspecionar os testículos 1 vez por mês. A melhor altura para o fazer é após o banho, quando a pele está mais relaxada, e se torna mais fácil sentir alterações nos testículos. Começa-se por segurar o testículo e deslizar os dedos cuidadosamente, dando particular atenção ao aparecimento de protuberâncias ou inchaços, ou outras alterações da forma ou consistência. No final, repete-se o procedimento no outro testículo. 

Quando se detectam alterações suspeitas, o que é raro, deve procurar-se um médico, que poderá fazer exames de diagnóstico para a eventual deteção de um cancro numa fase inicial, um cenário ainda menos provável. 

A verificação periódica dos testículos deve iniciar-se na puberdade, e é especialmente aconselhável para homens com testículo não descendente ou com história pessoal ou familiar deste tipo de cancro.


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Uma alteração na mama é motivo de pânico? Será preciso ir a correr para o médico quando se detecta uma alteração suspeita? Como conhecer os sinais de alerta e evitar riscos?
O cancro da mama é uma doença que nenhuma mulher pode ignorar: é o cancro mais frequente e o 2º mais mortal para as portuguesas. O primeiro passo para inverter as estatísticas, é estar alerta para esta doença, já que existem medidas eficazes de prevenção.
Todas as mulheres devem conhecer bem as suas próprias mamas e o seu aspeto habitual. As alterações da mama são algo comum, especialmente durante o ciclo menstrual. Quem observa com atenção e regularidade as suas mamas tem mais facilidade em identificar alterações fora do normal. O procedimento é simples e consiste na observação e palpação regular das mamas para identificar situações menos comuns:
Esta observação mais atenta das mamas deve ser realizada 1 vez por mês, fora do período menstrual, por todas as mulheres a partir da puberdade.
Devem observar-se todas as partes da mama, até à zona das clavículas e, lateralmente, até à região das axilas. 
Encontrar uma alteração suspeita não é motivo de alarme, um nódulo na mama não é necessariamente um cancro: cerca de 90% dos nódulos são benignos (fibroadenomas). Em caso de dúvida, poderá falar com um médico que avaliará a situação e, caso se justifique, proporá a realização de uma mamografia ou outro exame de diagnóstico para despiste.
Existem ainda alguns comportamentos que contribuem para a redução do risco de cancro da mama. Nenhum deles é muito complicado e, na maioria dos casos, também ajudam a prevenir outros cancros e outras doenças: 
  • realizar atividade física regularmente.
  • limitar o consumo bebidas alcoólicas.
  • controlar excesso de peso (em especial após a menopausa).
  • ter uma alimentação saudável, em especial evitando alimentos demasiado calóricos.
  • se possível, evitar o uso de tratamentos hormonais de substituição (a não ser com vigilância médica).

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Não há dúvidas que a observação de sintomas e sinais de alerta, ou qualquer exame de diagnóstico de cancro, deve ser feito por um médico. Ainda assim, quando falamos em autoexames, pensa neles como uma medida de precaução e de autoconhecimento do teu corpo. Como pudeste ver nos episódios deste módulo, há cancros que quando se começam a desenvolver podem manifestar no nosso organismo algumas alterações atípicas (inchaços, alterações de forma ou cor, etc.). É importante que saibas reconhecer as alterações do teu corpo, para poderes procurar a ajudar de um médico atempadamente, no caso de dúvidas, mas sem alarmes.

Sim tens, e era bom que o fizesses todos os meses, se tiveres muitos sinais, ou de 3 em 3 meses nos restantes casos. Não deves deixar nenhuma parte do corpo por examinar: 
- Examina a cabeça e a face, usando um espelho para examinar a nuca e um secador para afastar os cabelos para ver melhor o couro cabeludo. 
- Num espelho comprido, examina os ombros, braços e antebraços, o pescoço, o tórax. Inspeciona as mãos, incluindo as unhas. 
- As mulheres não se devem esquecer de examinar a pele debaixo das mamas. 
- Com as costas voltadas para o espelho, usa um espelho de mão para inspecionar o pescoço, os ombros, o dorso, as nádegas e as pernas. 
- Sentado(a), examina as pernas e os pés, incluindo a planta, dedos e unhas. 
Deves registar, com uma foto e/ou uma nota, os sinais suspeitos que encontraste, de forma a vigiar se sofrem alterações de cor, forma ou tamanho e deste modo poderes descrever ao dermatologista o que observaste.

Não. O autoexame da mama é um método complementar na deteção precoce de cancro que está ao alcance de todas as mulheres. Quando realizado em momentos oportunos de forma regular, permite à mulher conhecer o aspeto e texturas normais das mamas, o que poderá facilitar a deteção de uma alteração que possa surgir. Por esse motivo, é recomendado a todas as mulheres. Contudo, não substitui a participação no rastreio de cancro da mama, realizado com recurso à mamografia, um método que permite ver com  pormenor o interior da mama e tem a capacidade para detetar alterações muito pequenas. 

Não. Nenhum autoexame previne o aparecimento do cancro. Ajuda sim na deteção precoce de alterações e, consequentemente, aumenta a possibilidade de sucesso do tratamento. Por esse motivo é recomendada a sua realização 1 vez por mês a todos os homens, especialmente aos jovens e adultos com idades compreendidas entre os 15 e os 34 anos pois é nesta faixa etária que o cancro do testículo é mais frequente.  

Conhecer os sinais do meu corpo


É fundamental conhecermos muito bem as alterações do nosso corpo para estarmos preparados para identificar qualquer mudança suspeita que justifique procurar um médico para uma examinação mais atenta. Não é necessário ser obcecado como o Emanuel, que não deixa os médicos em paz, nem tão relaxado como o Recruta Ramos, que não quer saber da própria saúde. A tua tarefa é aprenderes a verificar com regularidade, e muita atenção, os teus sinais, o que te irá ajudar a evitar surpresas negativas.

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Duração: 30 minutos de trabalho em aula + trabalho autónomo

Como fazer?

1. Usa a regra do ABCDE para determinar se alguns dos seguintes sinais apresenta as características que apontem para uma suspeita de melanoma (dica: espreita a informação sobre a regra do ABCDE na  secção “Saber+” e nos videos de introdução e discussão.)

Sinal 1

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Sinal 2

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Sinal 3

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Sinal 4

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Critérios
Regra ABCDE
Sinal 1 Sinal 2 Sinal 3 Sinal 4
A        
B        
C        
D        
E        


nota: como só tens acesso a uma foto do sinal, não será possível avaliar a Evolução. Mas quando fores fazer o autoexame com os teus próprios sinais, já será possível.

2. Discute com os teus colegas e professor as conclusões a que chegaste. O Professor irá ajudar-te a verificar as respostas certas. Discutam quais os erros mais comuns na turma, e que características dos sinais foram mais difíceis de identificar.
3. Passa da teoria à prática e faz o autoexame da pele completo em casa usando a Regra do ABCDE. Inspeciona todos os sinais com atenção, e fotografa-os com o telemóvel se tiveres dúvidas. Usa a imagem abaixo, para que não te esqueças de nenhuma parte do teu corpo.

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Usa a tabela de registo para anotar todas as informações que aches importantes e para não te esqueceres de o fazer regularmente (1 vez por mês para quem tem muitos sinais, e de 3 em 3 meses para os restantes:

Data Sinal suspeito
(ex: #1_perna_esquerda)
Critérios ABCDE
(ex: A, B)
Registo fotográfico
(ex: IMG_39327)
       
       
       
       
       
       
       
       
       
       
       
       
       
       


Detectar um sinal suspeito não deve ser motivo de alarme, mas antes a altura certa para procurar uma opinião especializada de um médico.
 
 
 

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