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Módulo 9
Rastreios
- observar o interior do intestino grosso (cólon e reto) e detetar lesões pré-cancerosas;
- recolher amostras biológicas (biópsias) para análise;
- remover pólipos intestinais, que são lesões do tubo digestivo que podem originar cancro.
- alterações da cor das fezes (vermelho vivo ou muito escuras);
- sensação que o intestino não esvazia totalmente;
- alterações acentuadas e injustificadas dos hábitos intestinais.
- evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
- evitar alimentos com grandes quantidades de açúcar e gorduras.
- realizar atividade física regularmente.
- evitar ter excesso de peso (em especial após a menopausa).
- quando possível, evitar o uso de tratamentos hormonais de substituição (a não ser com vigilância médica).
Os rastreios organizados, também designados por rastreios de base populacional, permitem diagnosticar precocemente grandes grupos populacionais que não apresentam sintomas, de modo a reduzir a incidência e mortalidade por cancro. Em Portugal existem rastreios organizados para o cancro de mama, cancro colorrectal e cancro colo do útero. Organizar um rastreio é algo muito dispendioso, tanto em termos financeiros como de recursos. Assim, a implementação de rastreio deve obedecer a uma lógica de custo-benefício. Por outras palavras, as equipas de médicos e decisores políticos, devem avaliar os benefícios em termos de saúde em relação a um determinado investimento. O processo é complexo, e por vezes controverso, já que há algumas condições que são necessárias para que um rastreio de base populacional se justifique: 1. Um método de diagnóstico seguro que permita identificar com precisão e eficácia lesões precursoras de situações malignas ou estádios iniciais da doença. 2. Evidência científica que suporte as vantagens da implementação do rastreio de base populacional. 3. Disponibilidade de profissionais de saúde que tenham o treino e competências técnicas para fazer o rastreio. 4. Existência de tratamento para as pessoas que são identificadas com uma potencial lesão oncológica. 5. Um preço por diagnóstico que permita aplicar esse método a grupos populacionais muito grandes. Nem sempre é fácil definir protocolos que cumpram todos estes critérios, já que num sistema nacional de saúde há diversas áreas que necessitam de investimento, e nunca é possível dirigir os fundos e recursos humanos todos para a mesma área de intervenção.
Os exames de rastreio realizados no âmbito dos Programas de Rastreio do Cancro do Colo do Útero, Cancro da Mama e Cancro colorectal são gratuitos.
Sem dúvida! No caso dos cancros do tubo digestivo, por exemplo, os utensílios utilizados numa colonoscopia ou numa endoscopia – como a realizada ao esófago e ao estômago – são verdadeiros “canivetes suíços”, que permitem a visualização direta do interior dos órgãos e a recolha de fragmentos de biópsia ou mesmo a remoção de pólipos, entre outras funções. Existem ainda exames de rastreio completamente virtuais, como a colonoscopia virtual e a cápsula endoscópica (de momento apenas utilizada no intestino delgado), que não permitem a recolha de pólipos mas facilitam a visualização do interior do intestino. Na endoscopia por cápsula, por exemplo, um dispositivo de dimensões reduzidas (11 por 30 mm), semelhante a uma cápsula de medicamento, é deglutido pelo(a) examinado(a) com um pouco de água, para que atravesse todo o tubo digestivo. Não é necessária qualquer anestesia, mas há uma preparação prévia, para que o intestino esteja limpo e possa ser facilmente visualizado. Da cápsula fazem parte uma bateria, uma fonte de iluminação, um sistema de captação de imagens e um aparelho que regista estas imagens. Ao percorrer o intestino (o que pode demorar cerca de 10 horas, durante as quais a pessoa pode fazer a sua vida normal) o dispositivo regista todas as imagens. A cápsula é eliminada em 1 ou 2 dias nas fezes e não é reutilizada.
Vídeo a mim mesmo sobre rastreios de cancro
Da mesma forma que a Emília da Conceição, a protagonista do episódio sobre a mamografia, decidiu fazer um vídeo para inspirar aqueles com quem mais se preocupa a cuidar da sua saúde, desafiamos-te a fazer o mesmo e a preparar um vídeo a ti mesmo, ao teu eu do futuro, para o alertares sobre a importância dos rastreios, no caso dele (ou antes tu!) se esquecer dessa informação.
Duração: 45 minutos de trabalho em aula + trabalho autónomo
Como fazer?
1. a turma deve ser dividida em 6 grupos (máximo 5 alunos por grupo).
Grupo 1 e 2 - Rastreio do Cancro Colo-rectal
Grupo 3 e 4 - Rastreio do Cancro do Colo do útero
Grupo 5 e 6 - Rastreio do Cancro da Mama
2. faz uma pesquisa sobre cada um dos rastreios oncológicos usando fontes oficiais (dica: espreita os links escolhidos para ti na secção “Explorar” e, já agora, há muita informação importante na secção “Saber+” e nos vídeos de introdução e discussão).
3. discute com o teu professor o que descobriste e avalia a relevância da informação;
4. juntamente com os colegas do teu grupo, escreve o guião da mensagem a gravar para o “vosso eu do futuro”. Cria uma mensagem com conteúdos informativos e rigorosos, mas não te esqueças que deve ser apelativa: afinal, estás a fazer uma campanha de informação que te pode ajudar no futuro! É importante que incluas as vantagens do rastreio, a idade e periodicidade com que deve ser feito, e a quem se destina. Todos os membros do grupo devem participar, e até podem dividir as tarefas como fazem as equipas profissionais. Deixamos-te aqui algumas das funções básicas na produção de um vídeo:
Realizador: Aquele que em conjunto com o operador de câmara escolhe o local e o enquadramento com que querem filmar.
Guionista: aquele que escreve o texto que os actores vão dizer.
Operador de câmara: o nome diz tudo.
Actores: aqueles que vão transmitir a mensagem para o vosso eu do futuro.
Editor e designer: o responsável por preparar o vídeo final, cortando o que não interessa, ou eliminando as versões (takes) que não ficaram tão bem. Se necessário, pode enriquecer o vídeo com títulos em texto ou gráficos.
Apesar das funções, trabalhem em equipa, e revejam em conjunto todas as decisões importantes.
5. Grava o teu vídeo, edita-o, e, se quiseres, junta-lhe texto ou efeitos especiais. Combina com o professor uma forma de o tornares acessível - podes usar uma plataforma de vídeo como o youtube ou o vimeo, ou ainda um grupo privado numa rede social.
6. Organiza com a restante turma uma sessão de visualização dos 6 vídeos, e analisem os pontos fortes e fracos de cada um, relativamente aos seguintes parâmetros: