A vacina contra o HPV é suficiente?

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SINOPSE

Samantha Kelling, a vil irmã, acusa Clarisse, a irmã boazinha, de a andar a trair com o seu namorado Roberto Fábio, mas na verdade é ela que o trai com o irmão gémeo, Fábio Roberto. O enredo adensa-se quando Clarisse tenta avisá-la sobre os perigos do HPV. O que irá acontecer?
A descoberta da vacina contra o HPV revolucionou a prevenção de cancro do colo do útero. Mas será que as mulheres vacinadas já não têm que se preocupar com esse cancro? A vacina elimina todos os riscos?
O cancro do colo do útero - o 2º mais mortal entre as mulheres jovens europeias - é causado por um vírus que é transmitido sexualmente, o vírus do papiloma humano (HPV). Existem mais de 150 estirpes de HPV, mas apenas as de alto risco, que são 14, podem causar o cancro do colo do útero. 
Todos os anos morrem cerca de 342 mil mulheres, em todo o mundo, de cancro de colo do útero. Existem dois caminhos para reduzir o número de mortes: melhorar a resposta imunitária à infeção por HPV, ou passar a detectá-la mais cedo para que possa ser tratada atempadamente. A descoberta da vacina contra o HPV representou um passo de gigante na direção da primeira possibilidade: neutralizar a infeção com estirpes de alto risco de HPV.
A vacina faz parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV), é gratuita, e está recomendada tanto para raparigas como rapazes. A vacina promove a resposta imunitária contra 9 estirpes de HPV que, no seu conjunto, são responsáveis por 9 em cada 10 casos de cancro do colo do útero, e pela maioria dos casos de verrugas genitais. Se todas as mulheres forem vacinadas é possível reduzir 90% dos casos de cancro de colo do útero. 
Ainda que a taxa de proteção da vacina seja elevadíssima, ninguém se pode esquecer que uma mulher vacinada está protegida contra quase todas estirpes de alto risco, mas não todas! A proteção conferida pela vacina não é de 100%, por isso são necessárias medidas adicionais de prevenção. É através do comportamento sexual e do rastreio que é possível complementar a vacina do HPV, para garantir um futuro onde o diagnóstico de cancro do colo do útero seja uma raridade.  
Comportamento sexual
A abstinência sexual é a única solução 100% eficaz para evitar a infeção com HPV. Como é uma opção pouco realista, devem considerar-se outras medidas para diminuir a probabilidade de contágio de HPV. Para aqueles que têm uma vida sexual activa, quanto menos parceiros sexuais tiverem, menor o risco de infecção. O uso do preservativo também reduz o risco de infeção em cerca de 70%.
Ainda que o cancro do colo do útero seja um cancro feminino, o comportamento sexual dos homens influencia a epidemiologia da doença. Ao terem várias(os) parceiras(os) sexuais, disseminam o vírus, aumentando a taxa de infeção de HPV na população. 
Rastreio do cancro do colo do útero
Após iniciarem a sua vida sexual, todas as mulheres devem realizar regularmente o exame de rastreio do cancro do colo do útero: o teste do HPV. Este teste permite detetar a presença do vírus, em especial as estirpes de alto risco, nas células da região cervico-vaginal. Se for feito na altura certa e com a periodicidade recomendada, o teste de HPV reduz drasticamente a probabilidade de uma mulher de morrer de cancro do colo do útero. O rastreio deve ser feito por todas as mulheres com mais de 25 anos, e repetido de 5 em 5 anos, até aos 60 anos.
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